
domingo, 7 de março de 2010
ashram*

sábado, 23 de janeiro de 2010
why chocolats?

Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o
desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de
inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.
Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
sábado, 16 de janeiro de 2010
sos world

O terramoto atingiu a capital Port-au-Prince e outras áreas do país. A zona ocidental do Haiti, com uma população de 2.2 milhões, foi a mais atingida.
A Cruz Vermelha Portuguesa vai enviar imediatamente 25.000 Euros do seu Fundo de Emergência, como primeiro passo para suportar o enorme esforço de socorro que se está a organizar. No entanto, a colossal dimensão deste desastre demonstra que muito mais vai ser necessário.
Com a proposição “Ajude o Haiti, agora!”, a Cruz Vermelha Portuguesa, no quadro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, vem apelar à comunidade portuguesa para apoiar as vítimas do terramoto no Haiti.
Segundo Luís Barbosa, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, “É muito importante que a ajuda humanitária chegue nos primeiros dias após este tipo de catástrofe. Quanto mais depressa a ajuda chegar, mais vidas se podem salvar.”
Os voluntários da Cruz Vermelha estão no terreno a assistir os feridos e a apoiar os hospitais que não têm capacidade para lidar com esta emergência.
As necessidades mais urgentes, até ao momento, são: salvamento e resgate, hospitais de campanha, cuidados de saúde de emergência, purificação de água, abrigos de emergência, logística e comunicações.
A Cruz Vermelha do Haiti dispõe de stocks para assistir 3.000 famílias, incluindo stocks para 500 famílias em Port-au-Prince. Estes artigos de emergência consistem em utensílios de cozinha, kits de higiene pessoal, cobertores e contentores para armazenar água.
A Federação Internacional das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha/Crescente Vermelho mobilizou uma equipa especializada em resposta a desastres, saúde em emergência e logística, que deverá chegar ao Haiti ainda hoje ao final do dia para apoiar a CV do Haiti e coordenar a assistência dos organismos do Movimento Internacional da Cruz Vermelha/Crescente Vermelho.
As formas de donativo para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa
– apelo vítimas do Haiti, são as seguintes:
1. Nas caixas multibanco ou por netbanking, optando por “pagamento de serviços” e marcando entidade 20999 e referência 999 999 999.
2. Efectuando um depósito ou transferência bancária para as contas “CVP – Fundo de Emergência.”
Banco
Nº conta
NIB
Millennium BCP
45307610691
0033 0000 4530 7610691 05
CGD
0027082402230
0035 0027 0008 2402230 53
BPI
3631911 000 001
0010 0000 3631 9110001 74
Santander Totta
000314691778020
0018 0003 1469 1778020 27
BES
0001 4968 7394
0007 0000 00149687394 23
C.E.Montepio Geral
087100053716
0036 0087 99100053716 51
Barclays
117201022464
0032 0117 00201022464 75
BANIF
57/629520
0038 0057 00629520771 72
BPN
026511345-10-001
0079 0000 26511345101 76
3. Enviando um Cheque ou Vale Postal pagável à CVP – Fundo de Emergência para o Departamento Financeiro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa .
Notas importantes:
Ao abrigo do Estatuto do Mecenato, a CVP entregará um recibo onde é discriminado o montante doado, que poderá ser utilizado para deduções nos impostos. Para obtenção do devido recibo de donativo, o doador deverá enviar cópia do comprovativo da operação de donativo (talão de depósito/transferência bancários, talão de multibanco) ao Departamento Financeiro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa ¬– Jardim 9 de Abril, nº1, 1249-083 Lisboa -, junto com os seus dados pessoais (nome, nº de contribuinte e morada de envio). D
As doações monetárias são a melhor forma de ajudar as pessoas carenciadas ou vítimas de desastres, porque o dinheiro pode, de forma muito rápida e simples, ser transferido para qualquer conta bancária ou convertido imediatamente nos bens necessários, em qualquer parte de Portugal ou do mundo. Desta forma, a Cruz Vermelha pode usar o seu forte poder de compra para beneficiar o maior número de pessoas e ajustar a resposta muito rapidamente a necessidades e prioridades variáveis.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
YOU love!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Para lá do horizonte

Em Varanasi, cidade sagrada da Índia, banhada pelo Rio Ganges, esses rituais de devoção são praticados de forma profunda. Varanasi é a cidade da Índia mais emblemática da sua religiosidade, sendo aquela margem do rio o palco de variados actos de meditação e adoração, bem como de acções comuns e triviais do quotidiano, mas baseadas na fé de que a acção feita naquelas águas santas será abençoada pela Deusa Ganga.
Na Índia, bem como noutras civilizações antigas, acredita-se que quando houver uma total degradação da moral e da verdade no mundo, um ser superior voltará à Terra para repor os seus valores.
Será que já atingimos essa degradação total?
E será que a ajuda e protecção que procuramos provêm da devoção a um ser superior, ou antes da descoberta de uma nova consciência?
Estaremos sós ou estaremos próximos desse encontro interior?