segunda-feira, 10 de agosto de 2009

balance


Cheguei de uma longa viagem! Mergulhei durante uma era da minha vida na descoberta do que era o amor.

Decidi apalpar terrenos desconhecidos, conhecer terrenos diferentes e abrir-me ao desconhecido sem temor, apenas com o anseio de perder-me em novos trilhos encontrando o meu lugar para aterrar.

Ainda não chegou a hora de eu parar, sucumbir!

Sinto que há muito pela frente!

O desconhecido permitiu-me encontrar em mim características que jamais acreditaria conter.

Viajar é uma constante surpresa! Faz-nos, crescendo, aproximarmo-nos da nossa verdade!

Estive em terras frias, tremi muito com as intempéries! Mas em contrapartida vi paisagens lindas de inverno - que por momentos me absorveram de maneira tal que acreditei querer os meus olhos ali sempre abertos para aquele vislumbre.

Simplesmente o mundo mudou, o inverno serrou de tal maneira que virou inabitável para mim!

Foi um ciclo de testar as minhas defesas, a minha força, a minha resistencia!

Sei que sou capaz agora de sobreviver com muito mais estofo a qualquer coisa!

Mas umas lindas paisagens frias não chegam para regalar o coração.

O frio, a um certo ponto entranha-e nos ossos e dói!!

Agora é tempo de regressar ao ameno! Ao sitio onde nasceu quem eu sou. Nesse sítio o clima permite algum conforto e voltar a casa é sempre bom.

Abrir a nossa porta e sentir aquele cheirinho que durante tanto tempo se tinha tornado inodoro!!

Tempo de dormir uma temporada na nossa cama com os nossos lençóis que tanto nos confortam!

É preciso por em ordem algumas coisas! Arrumar gavetas do passado e deitar para um grande saco do lixo tudo aquilo que esta fazendo poeira sem ter mais qualquer uso!

É tempo para o presente, para a estação intermédia! E para preparar terreno para o quentinho que já saberá bem da próxima estação!!

Hei de querer viajar! Viajar para um calor que me aconchegue! Que me queime, que me embeleze! Que me aperte e também me sufoque!! Anseio rebolar ao ritmo das ondas na praia, de um novo amor à beira mar!!

Tudo não passa de um toca, fica e foge!! Porque o tempo é curto e o destino é sábio!!

Toca e foge até um dia tocar e nos fazer ficar para sempre!!

1 comentário:

Nico disse...

O Inverno derrete, a primavera chega, o verão arrefece, e o Outono aconchega. Aconchego de nós com o que se passou/vivemos na estacão anterior, a reflexão do passado. Em comparação, na Primavera ninguém se lembra do passado recente, o Inverno.…mas o Inverno regressa sempre, mesmo que raramente nos lembremos dele.

O Inverno não é forçosamente (só) a ausência de cor da neve, a opacidade do gelo, o azul do céu, lá no alto ao fundo, há sempre uma estrela maior, o Sol, algo que quebra e serve de orientação no meio de uma certa monotonia, o vago. E é sempre o Sol a referência principal para a Primavera. Mas nunca ninguém se lembra dele quando se descreve o Árctico, será porque achamos que ele por nos rodear todos os dias, nunca nos abandonará, e por isso, este tornou-se banal e dai não o veremos. E só vemos a ausência dele quando o seu conforto fica tapado por uma nuvem, ou ele esta a aquecer outro Inverno qualquer.

O Inverno não acaba por um calendário ou sequer porque um dia de manha, acordamos esfregamos e limpamos as ramelas dos olhos, e dizemos (ou dizem-nos) hoje começa a Primavera. A Primavera começa quando o Sol aparece e começa aquecer-nos, é algo induzido nunca imposto.

Não é por o meu amigo estar a usar uma camisola “à cava”, que eu me deva sentir mal por ainda estar a usar a minha camisola de lã com o boneco de neve tricotado na frente, pois o Natal é quando um Homem quiser. Mas nunca nos devemos esquecer que se o Natal é bom, as festas de Verão é que nos deixam saudades. Eu também acho que devemos deixar o peru de Natal e buscar o filéminhon de Verão, sempre. E se não for pelas carnes que seja pelo “sobrero” da Caipirosca, que graça tem um copo de vinho tinto, se não tem chapelinho nem palhinha, para se poder fazer beicinho.

A Primavera é brutal porque os dias são diferentes, imprevisíveis, uns dias chove, noutros o sol aquece. No Verão os dias são todos iguais, faz Sol e sem nuvem não há refresco. Adoro o estado Primavera. A Primavera é o toque e foge que tu dizes apreciar? Sendo assim também aprecio, olha somos dois…É preciso quando se foge não nos esquecermos de voltar, porque só tem graça se forem dois “a jogar”, senão é o “apanha”, sempre com o mesmo, o que dá manha.
As pessoas só gostam de fugir, custa ser uma vez na vida o apanha? É como “o policia e o ladrão”, todos querem ser o ladrão, há um que em prol dos outro fica sempre para policia, porque é que nunca o valorizam.
É defeito humano a pessoa esquecer do que recebe sem ver. Havendo cinco sentidos, não as mulheres têm seis. A intuição, que não serve de muito escolhem sempre mal(vá, um quase sempre). Mas fora a opinião, há é uma falta de educação dos sentidos da audição e do tacto, que são difíceis de aprender, pois sendo os mais sensíveis são os que mais precisão de tempo. E tempo só se for o de chuva que é o único que nos pára na vida do dia-a-dia, a vida de hoje que se rege entre o segundo e o agora.
Porque os aromas o cérebro distingue no momento, a visão salta na solução da leitura, o paladar, só se põem a boca o que os olhos e o olfacto reconhecem. Os outros são as armas secretas, podem é não ser as certas.

Isto não tem muito haver com o teu texto, mas eu não tenho Blog, e tu tinhas espaço vazio, eu abusei e ocupei-o.
Agora espero que por ter trazido alguma poeira, pois isto não tem grande uso, para o teu Blog não me metas no teu tal saco…Espera lá…Isto se é que não puseste já nele, Sendo assim espero que tenhas feito separação do lixo, pois eu ainda sou reciclável.

E já sabes eu sou profissional a fazer gavetas, se precisares de umas maiores, diz-me. Sabes bem tens duas vidas Aquela com 22 anos e uns flocos de neve e a outra, a de aqui para frente, ainda terás muito que guardar, por tanto…